Myro Pedroso de Moraes
domingo, 21 de agosto de 2011
Tamanho da Alma...
Não pense no tamanho da alma,apenas sinta que a tem e alimente-a com pensamentos generosos, escreva-os com carinho e procure semear com a generosidade do olhar de quem ama com a inocência de quem começa vida...então, recomece a vida todos os dias e espalhe sua vida entre vidas que te cercam...verá que a alma so engrandece na solidariedade entre almas, porque talvez todas as almas seja apenas uma aos olhos da divindade que aqui nos colocou..
quarta-feira, 30 de março de 2011
Um pequeno canto
Pequeno Canto
Preso num canto, um pássaro sem canto
para cantar, num outro canto, uma mulher
cantando um canto para seu filho adormecer,
um canto monótono e triste num canto de pobreza
sem razão para cantar e no entando, canta
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
NÁUFRAGOS
Nossos dedos se encontram como náufragos pelas ondas dos nossos corpos nos afogaram no suor, na ansiedade e respiramos em delírios do tesão visceral entre o fenecer e o renascer do prazer incontido... Quem somos? Quantos mistérios, quantos limites ultrapassados pela dor prazerosa de dois corpos unificados na posse enlouquecida. Seus olhos, meus olhos, nossos olhos, nosso amor, o que somos?
Somos o amor perpetuado nesse momento.
Miro Pedroso Moraes
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
SAPATOS USADOS
- Doa-se um par de sapatos usados.Não velhos, mas bem usados. Já pisaram por caminhos alegres e tristes, e em nehum deles rangeu. Pisaram silencio-samente.Doa-se um par de sapatos usados.Já anda-ram por caminhos ásperos, mas jamais pisaram em
- alguem. Estão bastante usados, mas igualmente -
- limpos. Passaram indignados, mas com firmeza pelo
- tempo do Cruzeiro e cruzaram cheios de dignidade e
- esperança pelo tempo do Real. Quem os adquirir, por
- favor, tenha por eles o mesmo respeito e considera -
- ção que tem pelos próprios pés.
- Doa-se um par de sapatos usados...
Ah! Essas flores...
Por Miro Pedroso de Moraes*
Era uma vez uma flor, linda, perfumada e petulante. Cada palavra, cada elogio, era tomada para si e suspirava. O sol e o vento não existiriam sem ela, assim pensava.
A lua vinha com a noite e as estrelas se amontoavam para vê-la. O orvalho refrescava seu calor, e sonhava...
Desejava ser mais livre, voar como os pássaros e sozinha perfumar o mundo. Tentou, mas não conseguiu e descobriu ser prisioneira de um galho.
Se revoltou, mas o galho se fez de surdo. Mas tanto insistiu que o galho lhe segredou que era também prisioneiro de um tronco e, além disso, outras flores e folhas dependiam dele e mesmo que pudesse, dali não sairia. Tentou convencer o tronco a voar com ela e este quase se convenceu, mas lembrou-se de que precisava de suas raízes e estas estavam presas sob a terra.
Triste, a flor pensou em desistir. Na manhã seguinte não veio o sol e o vento soprou mais forte e ela quase caiu do galho. Se refez do susto e friamente calculou com seu botão - o vento me libertará. Com o vento veio a chuva, e embaixo de si se fez uma poça d'água e foi aí que ela caiu. A princípio, feliz por sentir-se livre do galho, só uma coisa a preocupava, ela não tinha voado como os pássaros, mas também não se preocupou por muito tempo. Ficou ali deslizando de um lado para o outro e não percebeu que a poça d'água se transformara em uma enxurrada. De repente se sentiu arrastada pelas águas e em desespero quase afogada, ainda conseguiu visualizar uma árvore semelhante a sua e uma flor tão igual a si, que no seu último suspiro de vida, acreditou que não estava morrendo, e sim, renascendo em outro lugar.
Era uma vez uma flor, linda, perfumada e petulante. Cada palavra, cada elogio, era tomada para si e suspirava. O sol e o vento não existiriam sem ela, assim pensava.
A lua vinha com a noite e as estrelas se amontoavam para vê-la. O orvalho refrescava seu calor, e sonhava...
Desejava ser mais livre, voar como os pássaros e sozinha perfumar o mundo. Tentou, mas não conseguiu e descobriu ser prisioneira de um galho.
Se revoltou, mas o galho se fez de surdo. Mas tanto insistiu que o galho lhe segredou que era também prisioneiro de um tronco e, além disso, outras flores e folhas dependiam dele e mesmo que pudesse, dali não sairia. Tentou convencer o tronco a voar com ela e este quase se convenceu, mas lembrou-se de que precisava de suas raízes e estas estavam presas sob a terra.
Triste, a flor pensou em desistir. Na manhã seguinte não veio o sol e o vento soprou mais forte e ela quase caiu do galho. Se refez do susto e friamente calculou com seu botão - o vento me libertará. Com o vento veio a chuva, e embaixo de si se fez uma poça d'água e foi aí que ela caiu. A princípio, feliz por sentir-se livre do galho, só uma coisa a preocupava, ela não tinha voado como os pássaros, mas também não se preocupou por muito tempo. Ficou ali deslizando de um lado para o outro e não percebeu que a poça d'água se transformara em uma enxurrada. De repente se sentiu arrastada pelas águas e em desespero quase afogada, ainda conseguiu visualizar uma árvore semelhante a sua e uma flor tão igual a si, que no seu último suspiro de vida, acreditou que não estava morrendo, e sim, renascendo em outro lugar.
domingo, 14 de novembro de 2010
AFINAL A VIDA ACONTECE
Afinal, a vida continua acontecendo com ou sem esperança. Olhe você não acha que o tempo vai parar porque não está contente ou se vai parar quando está alegre... Se isso acontecesse, o mundo seria movido a solavancos porque alegria e tristeza se sucedem com incrível rapidez... Fiquei olhando pra ela sem nada dizer, procurando por uma resposta ainda que inútil, não encontrei nada, senão o vácuo num cérebro outrora pensante... Fiquei ali parado recobrando o que era possível recobrar... Levantei-me devagar, olhando em volta, tudo estava no lugar, menos ela que tinha mudado de lugar. Dei um passo, outro passo e os passos se sucederam até que sua imagem só tornou um ponto no horizonte e se perdeu nas dobras do tempo, só não se perdeu nas dobras do meu pensamento, mas, a vida é assim mesmo, para esquecer tudo que nos magoou, só enlouquecendo por completo, isso eu não quero porque, como provar a mim mesmo que vivi, se nunca tivesse amado, ah! Contraditório isso de amar, sofrer sem querer esquecer, mesmo porque quando se esquece de um amor logo surge outro na próxima esquina tudo recomeça e novamente nos jogamos na turbulência suave da adolescência imaginando que tudo será diferente e melhor desse momento em diante...Saio para o trabalho tentando não lembrar o que passou, dizendo bom dia e sorrindo e todos que passam por mim acham que sou alegre, na verdade sou tão alegre quanto todos que encontro, todos que como eu sorriem pelo mesmo motivo...desejo de ser feliz...Feliz é o garimpeiro da Felicidade, que traça com alegria seu trajeto, caminha com vontade, abre com fúria sua passagem, se rejubila com êxtase a cada obstáculo derrubado, mesmo que o tesouro chamado. Felicidade seja apenas o produto de um sonho humano, sonho esse que um Deus inteligentemente, semeou no coração humano e por isso persistimos no prazer de viver, na alegria da procura, no encanto do encontrado, mesmo sabendo que podemos chorar na despedida do que encontramos... Mas, a vida continua acontecendo, como a aranha na sua teia, ou a lagarta abandonando o seu casulo para voar para sua liberdade... Enfim a VIDA ACONTECE...
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